Vinte e um anos


Ouço com atenção o que diz o rapaz sentado à minha frente. O bar em que estamos tem o péssimo hábito de deixar as garrafas vazias de cerveja em cima da mesa, como troféus ou lembretes. Tomei as primeiras duas junto com ele – é preciso criar intimidade e segurança, nestas situações. Agora bebo água com gás – é preciso manter-se no controle, nestas situações. Desvio dos cascos de vidro escuro pra olhar em seus olhos, ler suas palavras antes mesmo que as diga.

Continuar lendo